Um projeto relatado pelo deputado petista Alfredinho (SP) na Comissão de Cultura da Câmara propõe um novo imposto sobre bebidas alcoólicas para financiar o Carnaval, com alíquotas de 0,5% sobre a venda de cervejas, vinhos e aguardentes nacionais e 1% sobre bebidas importadas. A medida, que tramita em caráter terminativo e pode ser aprovada sem passar pelo plenário, lembra os aumentos constantes da carga tributária durante o governo Lula (PT), além de contrariar o discurso eleitoral do líder petista, que prometeu tornar mais acessível o tradicional “churrasco com cervejinha”.
A proposta original foi apresentada por Washington Quaquá (PT), atual prefeito de Maricá (RJ), e Ricardo Abrão (União-RJ), e prevê que os valores arrecadados sejam direcionados a um fundo cultural. Segundo o relatório de Alfredinho, 60% do montante irá para escolas de samba, 20% para blocos carnavalescos e 10% para outras manifestações culturais. A nova versão do texto substitui a cobrança fixa de R$ 0,50 por litro de bebida nacional, prevista anteriormente, por uma taxação percentual sobre o preço de venda, o que pode afetar diretamente o consumidor final.
Enquanto isso, a promessa de Lula de devolver ao povo o prazer de um churrasco barato perde credibilidade. Pesquisa recente do Instituto Paraná revela que 67,1% dos brasileiros não acreditam que o petista não conseguirá cumprir o que disse em 2022: “O povo tem que voltar a comer um churrasquinho, comer uma picanha e tomar uma cervejinha”. Ainda segundo o levantamento, 50% dos entrevistados afirmam que a picanha está mais cara hoje do que durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), reforçando o contraste entre a retórica eleitoral e os resultados do atual governo.










