O governo de São Paulo aprovou nesta quinta-feira (20) os detalhes finais para iniciar a oferta pública da Sabesp, incluindo um preço mínimo e cobertura mínima para as ações. A decisão foi tomada na 10ª reunião do Conselho do Programa de Parcerias em Investimentos (PPI), que incluiu uma condição para maximizar o valor da operação. O modelo aprovado prevê que os dois melhores preços irão para o bookbuilding, e o investidor com o maior valor no book poderá igualar a proposta do concorrente e vencer a disputa, maximizando o retorno financeiro para o Estado.
A privatização da Sabesp, que poderá gerar uma receita importante para São Paulo, prevê a abertura da oferta pública de ações nos próximos dias. Se o preço do book vencedor ficar abaixo do preço inicial proposto pelo investidor de referência, a diferença será paga diretamente ao governo de SP após o encerramento da oferta. O processo de coleta de intenção de investimentos, conhecido como bookbuilding, será crucial para definir os novos acionistas estratégicos. Atualmente, o Estado detém 50,3% da Sabesp, e após a operação, deverá manter cerca de 20%.
O roadshow da Sabesp, com reuniões entre a empresa e potenciais investidores, começará na segunda-feira (24). O prospecto preliminar da oferta poderá ser divulgado oficialmente na sexta-feira (21). A disputa se afunilou entre Aegea e Equatorial, com as propostas finais sendo recebidas entre os dias 24 e 28 deste mês. O modelo da oferta, que inclui a inovação do “right to match”, visa garantir a seleção do melhor investidor, evitando a vitória de um investidor “aventureiro” e assegurando maior demanda e retorno financeiro para o Estado de São Paulo.