A rede McDonald’s anunciou mudanças em suas políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), marcando o início de 2025 com um ajuste em suas estratégias corporativas. Entre as alterações, a empresa encerrou metas de representação em liderança, suspendeu programas de diversidade para fornecedores e abandonou pesquisas externas, como o Índice de Igualdade Corporativa promovido pela Human Rights Campaign. A decisão ocorre em resposta à pressão de grupos conservadores e ao cenário jurídico pós-decisão da Suprema Corte dos EUA contra a ação afirmativa.
As mudanças no McDonald’s seguem uma tendência entre grandes corporações, como Walmart e Ford, que também recuaram em iniciativas similares. A empresa, no entanto, afirmou que continuará integrando práticas de inclusão em suas operações. “Consideramos inclusão um dos nossos valores centrais, mas a evolução do ambiente legal nos levou a revisar nossas abordagens”, explicou a rede em carta aberta a franqueados e fornecedores. A decisão também reflete o impacto de ativistas, como Robby Starbuck, que ameaçou expor as políticas “woke” da empresa.
O movimento do McDonald’s ocorre em um cenário político oposto às iniciativas de DEI, especialmente com a posse iminente de Donald Trump e a nomeação de Stephen Miller para sua equipe de políticas. Starbuck comemorou a mudança como um “novo começo corporativo” e atribuiu o recuo à pressão exercida por consumidores e organizações conservadoras. Apesar das alterações, o CEO Chris Kempczinski reforçou o compromisso com a inclusão em práticas diárias, mas sinalizou que busca um equilíbrio entre valores corporativos e demandas do mercado.