O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, anunciou nesta sexta-feira (7) planos para fortalecer a capacidade militar do país diante da crescente ameaça russa. Entre as principais medidas está o treinamento militar obrigatório para todos os homens adultos, com o objetivo de ampliar a reserva militar da Polônia. “Tentaremos ter um modelo pronto até o final deste ano para que cada homem adulto na Polônia seja treinado em caso de guerra”, afirmou Tusk. Além disso, ele defendeu a necessidade de a Polônia adquirir armas nucleares, destacando que as ameaças atuais exigem uma abordagem mais agressiva em defesa nacional.
O governo polonês planeja expandir seu Exército regular dos atuais 230 mil soldados para 500 mil, incluindo a incorporação de reservistas. Essa movimentação ocorre em meio à preocupação com o destino da Ucrânia e ao possível enfraquecimento da aliança militar ocidental frente às decisões do presidente dos EUA, Donald Trump. Além disso, Tusk declarou que está analisando a proposta do presidente francês Emmanuel Macron de incluir a Europa sob a proteção nuclear da França. Segundo ele, o país precisa considerar todas as opções para garantir sua segurança, mas ressaltou que um arsenal próprio seria uma solução mais eficaz a longo prazo.
A Polônia também está aumentando consideravelmente seus gastos com defesa, destinando 4,7% do PIB para o setor, o maior percentual entre os países da OTAN. O governo planeja elevar essa taxa para 5%, além de considerar a retirada da Polônia da Convenção de Ottawa, que proíbe o uso de minas antipessoal. O país já firmou contratos bilionários para aquisição de armamentos dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, incluindo tanques, jatos e helicópteros de combate.