O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates (PT), gerou agitação ao mencionar a possível criação da subsidiária “Petrobras Arábia” no Oriente Médio. A declaração surpreendeu Lula (PT), que questionou a necessidade de investimentos no exterior durante coletiva no último domingo (3), afirmando: “Se a Petrobras tem algum investimento para fazer aqui, eu não sei no quê.”
Prates anunciou na sexta-feira (1) que a estatal iniciará estudos para avaliar a viabilidade dessa expansão no Golfo Pérsico, visando fortalecer laços comerciais na região. No entanto, especialistas expressam preocupações, destacando a prioridade desses investimentos em meio aos problemas financeiros internos enfrentados pela Petrobras.
Em outubro de 2023, a Petrobras divulgou uma revisão na “Política de Indicação de Membros da Alta Administração e do Conselho Fiscal”, provocando inquietação nos mercados. Investidores temem que a mudança permita a entrada de dirigentes políticos, abrindo espaço para decisões equivocadas e potenciais casos de corrupção, colocando a petroleira à beira da falência.
Analistas internacionais, incluindo grandes bancos como Goldman Sachs e Citi, alertam para o risco de influência política na estatal, enquanto a possível criação de uma reserva de lucros também suscita preocupações quanto ao impacto nos dividendos aos acionistas.