Oficiais militares em toda a Europa estão avançando com planos para estabelecer uma rede de “corredores militares” com o objetivo de simplificar a troca de equipamentos e pessoal entre as nações da OTAN.
O tenente-general Alexander Sollfrank, chefe de logística europeia da OTAN, tem defendido a criação desses corredores desde novembro, enfatizando a importância de facilitar o movimento rápido de tropas e munições em caso de conflito significativo com a Rússia.
A proposta, discutida há muito tempo entre os líderes militares, está avançando com conversas em andamento para formalizar os corredores, com anúncios potenciais esperados antes da próxima cúpula da OTAN em julho.
O atual panorama regulatório dentro da UE, apresenta desafios significativos para os planejadores da OTAN, muitas vezes resultando em burocracia excessiva e atrasos durante os exercícios transfronteiriços.
Sollfrank enfatizou a necessidade urgente de os membros da OTAN abordarem esses desafios, simplificando regulamentações e reduzindo obstáculos burocráticos sem demora. “Todos podem começar. Apenas façam. E não esperem. Porque no final, não temos tempo a perder”, ele instou.
Destacando exemplos específicos de obstáculos regulatórios, Sollfrank questionou restrições como a proibição de paraquedistas utilizarem paraquedas pertencentes a outros estados membros, enfatizando que tais barreiras devem ser removidas se não houver preocupações técnicas ou de segurança.
No entanto, o tenente-general Jan-Willem Maas das forças armadas holandesas alertou que ainda há muita preparação necessária antes que os corredores possam se tornar totalmente operacionais. “Não estamos onde deveríamos estar. Isso está claro”, ele reconheceu.
Além disso, altos funcionários de vários países europeus têm instado os cidadãos a se prepararem para possíveis confrontos militares com a Rússia. Apesar desses avisos, o presidente russo, Vladimir Putin, repetidamente descartou a ideia de a Rússia buscar guerra com a OTAN, rotulando tais afirmações como “ridículas” e afirmando que Moscou não tem interesse em atacar nenhum país membro da OTAN.