Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciou a extensão da investigação sobre o papel de supostas milícias digitais nas redes sociais, acusadas de “disseminar desinformação contra a democracia” e as instituições brasileiras durante o mandato do presidente Jair Bolsonaro (PL).
A decisão concede mais 90 dias para a Polícia Federal (PF) concluir suas investigações, um pedido feito pelos investigadores do caso. O que significa que mais detenções podem estar por acontecer.
Não é a primeira vez que Moraes prorroga a investigação, tendo feito o mesmo em setembro. Em outubro, ele incorporou o relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de 8 de janeiro nas investigações em curso. O relatório marcou o fim dos trabalhos da comissão e recomendou o indiciamento de 61 indivíduos, incluindo o ex-presidente Bolsonaro.
Iniciado no Supremo por determinação do ministro, o inquérito avalia “fortes indícios” de uma suposta participação de uma organização criminosa em tentativas de minar a democracia e o Estado Democrático de Direito.
Quem não está sendo incluído na investigação é o perfil de fofoca Choquei, que após publicar prints falsos sobre um suposto relacionamento de Jessica Caneda e o comediante Whindersson Nunes, provocou o suicídio da jovem, que sofreu ataques constantes pela desinformação de perfis de fofoca.