Em discurso na última sexta-feira (8), o presidente argentino Javier Milei afirmou que o país superou a recessão econômica que se arrastava há décadas. Desde que assumiu a presidência, em dezembro do ano passado, Milei tem conduzido uma política de ajuste fiscal rigoroso e de cortes drásticos no setor público, um programa que ele mesmo denominou de “Plano Motosserra.” Segundo Milei, essas medidas, ainda que duras, foram essenciais para estabilizar a economia e colocar a Argentina em um caminho de recuperação.
A estratégia de Milei incluiu a eliminação de controles de preços, cortes de subsídios, e a liberação do peso argentino, ações que geraram impacto imediato na economia e nos padrões de consumo. O presidente destacou que as críticas ao plano de ajuste fiscal eram constantes, mas sublinhou que o esforço valeu a pena. “Os campeões da crítica começaram a reclamar, mas conseguimos sustentar o ajuste, e o país voltou a crescer”, declarou Milei durante o evento da Câmara de Comércio e Serviços, enfatizando que a recessão ficou no passado.
Apesar de a inflação mensal em setembro ter ficado em 3,5% – alta de 0,7 ponto percentual em relação a agosto – o governo obteve cinco superávits mensais consecutivos e uma desaceleração da inflação anual, que caiu para 209% em agosto, comparada aos 236,7% de julho. A meta de Milei agora é consolidar o crescimento a partir de 2025, com expectativa de aumento do PIB em 3,4%. A implementação do Plano Motosserra, que envolveu cortes em infraestrutura e ajustes em aposentadorias e salários públicos, visa garantir maior confiança do mercado e reestabelecer o potencial econômico argentino a longo prazo.