A primeira-dama Janja Lula da Silva, tem sido o rosto mais visível das ações de ajuda do governo federal às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Desde o início da tragédia, que já afetou mais de 2,3 milhões de pessoas e desalojou aproximadamente 581 mil, Janja visitou o estado quatro vezes, coordenando a entrega de ração para pets abandonados e compartilhando imagens das cestas básicas transportadas no avião presidencial. No entanto, uma pesquisa recente do PoderData revelou que 51% dos eleitores desaprovam essas ações, enquanto apenas 28% as aprovam.
A pesquisa, realizada pelo PoderData de 25 a 27 de maio de 2024, destacou a desaprovação popular frente ao protagonismo de Janja. Com 2.500 entrevistas realizadas em 211 municípios, a sondagem revelou um crescente ceticismo em relação ao papel da primeira-dama, que tem sido criticada por uma possível autopromoção em meio à tragédia. Segundo os dados, a postura de Janja tem sido vista como uma manobra de marketing político, onde ministros e outras autoridades federais aparecem em segundo plano durante as visitas ao estado.
Em resposta às críticas, Lula destacou a influência e o papel ativo de Janja nas decisões do governo. Desde a articulação de doações com empresários até o pedido de mobilização das Forças Armadas, Janja tem liderado iniciativas importantes. Em uma publicação de 17 de maio, ela reafirmou seu compromisso com o Rio Grande do Sul, dizendo: “Mesmo não estando presente todos os dias, sigo trabalhando pelo Rio Grande do Sul. Seguimos unidos pela reconstrução do Rio Grande do Sul”. Esta declaração vem após uma série de ações controversas, como a antecipação da indicação de um coordenador federal para a crise, antes mesmo do anúncio oficial pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT).