Israel disparou contra posições da ONU no sul do Líbano na última quinta-feira (10), atingindo duas instalações da Unifil, a força de paz das Nações Unidas. De acordo com a ONU, um dos ataques causou ferimentos em dois soldados da paz quando um tanque israelense atingiu uma torre de observação no quartel-general em Naqoura. O incidente reacendeu a tensão na região, que já vive momentos críticos desde a intensificação das hostilidades entre Israel e o Hezbollah, grupo terrorista apoiado pelo Irã.
A Unifil, em comunicado, condenou o ataque, afirmando que “qualquer ataque deliberado às forças de paz é uma grave violação da lei humanitária internacional.” O governo israelense, no entanto, não comentou oficialmente sobre o incidente até o momento. O primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, revelou que os Estados Unidos e a França estão em contato para tentar reviver um cessar-fogo, uma iniciativa que Israel já havia rejeitado no passado.
Este episódio ocorre em meio a um histórico de acusações contra a ONU, depois que a organização admitiu, em agosto do ano passado, o possível envolvimento de funcionários da UNRWA em ataques terroristas realizados pelo Hamas. Desde então, Israel tem questionado a imparcialidade da ONU, entidade que demorou vários meses até investigar a organização destinada a oferecer ajuda aos refugiados palestinos, e que utilizava edifícios oficiais como porta aos túneis utilizados para esconder reféns israelenses.