O senador Sergio Moro (União-PR) voltou a defender a operação Lava Jato comandada por ele enquanto juiz. Durante entrevista nesta segunda-feira (11), o parlamentar disse que está com a consciência tranquila diante da decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, que declarou ‘imprestáveis’ as provas apresentadas pela empreiteira Odebrecht na operação. Toffoli classificou a prisão de Lula como “um dos maiores erros judiciários da história do país”.
Com a serenidade de sempre, Sergio Moro reforçou que a verdade é inegável: “Houve um esquema gigantesco de corrupção durante os governos do PT. Tentam recontar essa história porque não é conveniente para o presidente do momento”.
A Associação Nacional de Procuradores da República apresentou um recurso contra a anulação dos acordos de leniência da Odebrecht e dos sistemas Drousys e My Web Day B, feitos em dezembro de 2016. A entidade defende que a discussão sobre fatos seja pautada por uma análise técnica e objetiva, preservando assim as instituições.
“Tem gente que critica a Lava Jato, mas não consigo achar uma pessoa que me aponte um inocente que tenha sido condenado. Fui um juiz duro, sim, mas entendia que aquele momento histórico demandava essa dureza. As pessoas tiveram ampla defesa. As provas eram robustas. No próprio acordo da Odebrecht, de leniência, foram mais de R$ 3 bilhões devolvidos e fui elogiado mundialmente”, concluiu Moro.