A campanha de fim de ano da Havaianas estrelada pela atriz Fernanda Torres provocou forte reação nas redes sociais ao sugerir que os brasileiros não iniciem 2026 “com o pé direito”. A frase, usada no comercial, foi interpretada por apoiadores da direita como uma mensagem política contra candidaturas conservadoras, especialmente diante da disputa prevista para 2026, quando Flávio Bolsonaro (PL) deve concorrer pela direita. O episódio trouxe à tona críticas à marca e expôs sua proximidade com o governo Lula.
O vídeo publicitário, que buscava transmitir leveza e humor, acabou sendo associado ao cenário eleitoral polarizado. Internautas acusaram a empresa de se alinhar à esquerda e iniciaram campanhas de boicote, com consumidores declarando que trocarão os chinelos Havaianas por Sandálias Ipanema. Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou um vídeo em que critica duramente a fabricante e descarta um par do produto no lixo, enquanto o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) defendeu boicote sob o argumento de propaganda subliminar contra políticos de direita.
No centro da discussão está Liel Miranda, CEO da Alpargatas desde fevereiro de 2024, que também integra o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável do governo Lula, conhecido como “Conselhão”. O executivo, com carreira internacional em empresas de varejo, declarou que sua meta é consolidar o chinelo brasileiro como ícone global de moda. A ligação de Miranda com o governo petista ampliou críticas de apoiadores da direita, que veem na campanha da Havaianas um reflexo da aproximação entre setores empresariais e o projeto político da esquerda.
