Durante o debate promovido pelo Estadão, Faap e Terra nesta quarta-feira (14), o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) foi alvo de uma provocação inusitada envolvendo uma Carteira de Trabalho. O candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) tentou realizar um “exorcismo” em Boulos usando a carteirinha trabalhista, em referência às críticas de que o deputado seria avesso ao trabalho formal e apoiador de movimentos invasores de propriedades. A situação culminou quando Boulos, irritado, desferiu tapas na carteira exibida por Marçal.
O embate entre os dois teve início durante uma discussão sobre o desenvolvimento econômico de São Paulo, mas rapidamente descambou para ataques pessoais. Boulos acusou Marçal de ser um “mentiroso compulsivo” e o comparou ao padre Kelmon, figura controversa das eleições presidenciais de 2022. Marçal, por sua vez, respondeu com a provocação do “exorcismo”, afirmando que Boulos “nunca trabalhou” e que o exorcizaria “com a carteira de trabalho”, intensificando a tensão no palco.
Além do confronto direto entre Boulos e Marçal, o debate foi marcado por desentendimentos nos bastidores, envolvendo as campanhas de outros candidatos. Houve discussões entre as equipes de Ricardo Nunes (MDB), José Luiz Datena (PSDB) e Marina Helena (Novo) devido ao comportamento das respectivas plateias, que se manifestavam durante o evento, e sobre o local onde cada grupo deveria se sentar.