O grupo terrorista Hamas violou o acordo de cessar-fogo ao lançar um míssil antitanque contra tropas israelenses em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, neste domingo (19). Em resposta, as Forças de Defesa de Israel (FDI) realizaram ataques aéreos na região, com o objetivo de eliminar ameaças e desmantelar estruturas militares utilizadas para ações terroristas. O cessar-fogo havia sido mediado pelos Estados Unidos, mas a escalada recente reacendeu o conflito armado entre Israel e o grupo islâmico.
A troca de acusações entre os dois lados se intensificou nos últimos dias. Na sexta-feira (17), o Exército israelense relatou que “vários terroristas” abriram fogo contra soldados em Rafah, e que outro grupo foi atingido em Khan Younis. O Hamas, por sua vez, nega ter rompido o acordo e acusa o governo israelense de usar “desculpas para seus crimes”. O alto funcionário do grupo, Izzat al-Risheq, afirmou que Netanyahu age sob pressão de sua coalizão e tenta escapar das responsabilidades assumidas com os mediadores internacionais.
Além dos confrontos, Israel e Hamas enfrentam impasses sobre a devolução dos corpos de reféns mortos. O Hamas afirma que precisa de equipamentos especiais para recuperar os corpos soterrados, enquanto Israel exige o cumprimento da entrega dos restos mortais de 28 reféns. No sábado (18), Netanyahu anunciou que a passagem de Rafah, entre Gaza e o Egito, permanecerá fechada, contrariando informações divulgadas pela embaixada palestina no Cairo sobre uma possível reabertura nesta segunda-feira (20).