A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), que criticou duramente a gestão de Ricardo Salles (PL) durante os incêndios no Pantanal em 2020, agora enfrenta um número recorde de queimadas em 2024. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam que os focos de incêndio registrados até junho deste ano superam os de 2020, período crítico na administração de Jair Bolsonaro (PL). Silva atribui a crise à ‘ação humana criminosa, à pior seca em 70 anos e às mudanças climáticas’.
Durante uma reunião na segunda-feira (24), Marina Silva e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, anunciaram medidas emergenciais para combater os incêndios. Tebet destacou a liberação de R$ 100 milhões para o Ibama e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para salvar “a maior planície alagável do mundo”. Além dos recursos, a ação inclui o envio de brigadistas e agentes da Força Nacional para combater o fogo.
Com mais de 3.372 focos de incêndio contabilizados até o momento, o Pantanal enfrenta a pior situação desde o início da série histórica em 1988, e em resposta, o governo federal montou uma sala de situação para coordenar os esforços, reunindo diversos ministérios sob a coordenação da Casa Civil, enquanto Marina Silva enfatizou a proibição de queimadas controladas para qualquer finalidade até o final do ano, afirmando que “todos aqueles que fizerem o uso do fogo para a renovação de pastagens ou para a atividade qualquer que seja ela estará cometendo um delito”.