A manifestação convocada por Jair Bolsonaro (PL) para este domingo (29), na Avenida Paulista, marca uma nova fase da articulação da direita em torno do ex-presidente, com foco em enfraquecer a versão de que houve tentativa de golpe de Estado. O ato tem como slogan “Justiça Já” e será realizado a poucas semanas do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga Bolsonaro por suposta participação em articulações golpistas. A expectativa é de grande mobilização popular, com a presença de aliados do ex-presidente, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Além de Tarcísio, nomes como Romeu Zema (Novo-MG), Jorginho Mello (PL-SC) e Cláudio Castro (PL-RJ) confirmaram presença, o que reforça a relevância do evento no ‘esquenta’ das eleições de 2026. O governador paulista, considerado um dos principais nomes do campo da centro-direita para 2026, afirmou que discursará pela “pacificação”, embora o foco da manifestação seja a crítica ao STF e à prisão de aliados. “A gente precisa falar de liberdade, precisamos só de pacificação”, declarou Tarcísio, evitando atritos com o STF.
A organização está a cargo do pastor Silas Malafaia, que definiu o protesto como reação à “injustiça cometida por essas condenações e esse julgamento”. Já o vice-prefeito de São Paulo, coronel Mello Araújo (PL), vem mobilizando prefeitos da Grande São Paulo e do interior para garantir ampla participação no ato. A manifestação também marca uma estratégia para pressionar o Judiciário e expor que Bolsonaro é alvo de perseguição política, fortalecendo sua imagem como líder do campo da direita mesmo diante da inelegibilidade até 2030.