O Fórum Econômico Mundial de Davos começou nesta segunda-feira (20) com a menor delegação governamental brasileira dos últimos anos. Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), optaram por não participar do evento, que reúne líderes globais para debater economia e desenvolvimento sustentável. A presença de Alexandre Silveira (PSD), titular de Minas e Energia, ainda é incerta, enquanto outros nomes, como Marina Silva (Meio Ambiente) e André Corrêa do Lago (Clima), também cancelaram sua ida, destacando um Brasil ausente, que já foi protagonista no cenário mundial durante governos anteriores.
Apesar do cenário esvaziado, o Brasil terá pela primeira vez uma Brazil House em Davos, fruto de uma iniciativa do setor privado com empresas como BTG Pactual, Gerdau e Vale. O espaço pretende atrair investimentos e promover oportunidades no país, com painéis voltados para temas como sustentabilidade, segurança jurídica e transição energética. Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual, afirmou: “O Brasil tem um potencial enorme para liderar discussões globais, como descarbonização e nova economia.”
No entanto, a ausência das principais lideranças do Governo Federal no encontro pode reduzir o impacto do país nas discussões estratégicas. Enquanto o Brasil se apresenta com uma agenda limitada, outros líderes da América Latina, como Javier Milei (Argentina), e grandes potências, como os Estados Unidos, demonstram protagonismo no evento. A programação oficial inclui um painel intitulado “Brasil: Mais ações pela frente?”, no qual participarão o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), e o presidente do STF, Roberto Barroso, que tratará da regulamentação da inteligência artificial.