O deputado federal Filipe Barros (PL-PR), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, afirmou nesta quarta-feira (6) que o Partido dos Trabalhadores (PT) pode ter seu registro cassado, caso seja comprovado que foi beneficiado de recursos estrangeiros durante as eleições de 2022. A avaliação foi feita após o depoimento de Mike Benz, ex-funcionário do Departamento de Estado dos EUA, que acusou a CIA de financiar, por meio de uma ONG, ações que teriam favorecido Lula (PT) contra o então presidente Jair Bolsonaro (PL). Barros defendeu que o caso configura uma “grave interferência” na soberania nacional.
Durante a audiência pública, Benz relatou que a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) teria sido utilizada para atacar Bolsonaro e censurar lideranças políticas de direita. O ex-funcionário apontou ainda que houve aumento expressivo nos repasses da Usaid ao Brasil entre 2019 e 2023, dentro do período eleitoral. Segundo ele, essa atuação teria ocorrido sob influência do governo democrata de Joe Biden, com o objetivo de garantir a vitória de Lula.
Em redes sociais, Filipe Barros cobrou providências imediatas do Congresso. Ele anunciou que pretende propor a criação de uma CPMI para investigar os repasses da Usaid, colocar em votação um projeto que regula a atuação de ONGs estrangeiras no Brasil e buscar apoio para uma avaliação jurídica que pode culminar na extinção do registro do PT. “Foi o Partido Democrata dos Estados Unidos que ajudou Lula a chegar ao poder”, escreveu. Para Barros, a Câmara precisa reagir diante de uma violação da soberania nacional e garantir que “liberdade não se negocia”.









