Em uma decisão histórica, o Departamento de Justiça (DOJ) anunciou na quinta-feira (16) a reclassificação da maconha, reconhecendo seu menor potencial de abuso. Esta decisão, apoiada pelo Procurador-Geral Merrick Garland, não legaliza a maconha para uso recreativo, mas abre novas portas para a pesquisa e o tratamento.
O presidente Joe Biden aplaudiu a ação do DOJ, destacando que “muitas vidas foram interrompidas pela nossa abordagem falha à maconha. Hoje, o Departamento de Justiça está dando o próximo passo para reclassificar a maconha de uma Lista I para uma droga da Lista III sob a lei federal”.
Em uma declaração, Biden disse: “A meu pedido, e guiados pela ciência e evidências, o HHS e o DOJ estudaram o uso médico da droga e o potencial de abuso e dependência, recomendando sua reclassificação”. O mandatário também reiterou seu compromisso de corrigir erros históricos, afirmando que “ninguém deveria ir para a prisão apenas por consumir ou possuir maconha”.
No entanto, a decisão suscitou críticas. Alguns argumentam que a reclassificação pode ter efeitos colaterais negativos, enquanto outros afirmam que a maconha deveria ser tratada como o álcool. A política federal em relação às drogas ficou atrasada em relação a muitos estados, 38 dos quais já legalizaram a maconha para uso médico e 24 para uso recreativo, fomentando uma indústria avaliada em quase 30 bilhões de dólares.
A flexibilização das normas federais poderia reduzir a carga fiscal sobre a ‘indústria da maconha’ e facilitar a pesquisa científica, até agora dificultada pela classificação da droga na Lista I.