O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reuniu nesta quarta-feira (16) com representantes do Japão para avançar nas negociações comerciais com o país asiático, aliado histórico dos norte-americanos. O republicano afirmou que houve “grande progresso” na reunião com a delegação japonesa, que busca reduzir tarifas impostas recentemente pela Casa Branca. Enquanto sinaliza abertura ao Japão, Trump intensifica o confronto econômico com a China, sua principal rival estratégica, com tarifas que podem chegar a 245% sobre produtos chineses.
O encontro com o ministro japonês da Revitalização Econômica, Ryosei Akazawa, foi uma das primeiras rodadas presenciais desde a imposição das chamadas tarifas recíprocas. Tóquio, que teve sua exportação de automóveis diretamente afetada, tenta aproveitar sua posição privilegiada como maior detentor de títulos do Tesouro norte-americano para obter vantagens. “O presidente Trump disse que fechar um acordo com o Japão era prioridade máxima”, afirmou Akazawa à imprensa, destacando que o envolvimento direto do norte-americano foi visto como um “bom sinal”.
Em contraste com o diálogo com o Japão, a postura dos EUA frente à China tem sido cada vez mais agressiva. Após um breve tom amistoso, Trump confirmou medidas drásticas contra Pequim, que reagiu restringindo exportações estratégicas para a indústria americana. Já o Japão tenta acelerar as tratativas antes do fim da pausa tarifária de 90 dias, válida apenas para países com tarifas acima de 10% — exceção feita à China. Segundo o governo japonês, uma nova reunião com autoridades dos EUA deve ocorrer ainda neste mês.