O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez um pronunciamento em rede nacional para anunciar um pacote que prevê o corte de gastos de R$ 70 bilhões em 2025 e 2026. Entre as ações, estão uma limitação para o crescimento do salário mínimo, restrição para o abono salarial e um aumento nos impostos dos chamados super-ricos.
Sem muitos detalhes, Haddad disse que o salário mínimo continuará subindo acima da inflação, de forma sustentável e dentro da nova regra fiscal. Além disso, o abono salarial será limitado a quem ganha até R$ 2.640. Hoje, tem direito ao abono quem ganha até R$ 2.824. O petista também comunicou mudanças nas aposentadorias de militares: “Nós vamos promover mais igualdade, com a instituição de uma idade mínima para a reserva e a limitação de transferência de pensões, além de outros ajustes”, disse.
Quanto ao Imposto de Renda, quem recebe até R$ 5 mil por mês de salário será isento. Mas a ampliação desta medida no IR depende de aprovação do Congresso. Caso tenha o aval de Câmara e Senado, a medida pode começar a valer no próximo ano.
O pacote foi anunciado em meio a tensão do mercado financeiro, que aguardava com temor o corte de gastos para que o atual Governo cumpra a meta de zerar o déficit público. Por esse motivo, dólar encerrou com forte alta (+1,81%), cotado a R$ 5,913, o maior valor nominal da história. O recorde anterior era de R$ 5,905, atingido em 13 de maio de 2020, no estouro da pandemia da Covid-19.