Demorou quase 9 meses para o Supremo Tribunal Federal, finalmente, determinar a soltura da última mulher mantida presa pelos atos de 8 de janeiro, em Brasília. Dirce Rogerio estava na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia. Ela foi acusada pela Procuradoria-Geral da República pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado.
Apesar da soltura um tanto quanto tardia (praticamente o tempo de uma gestação), o Supremo fixou algumas medidas cautelares, como o recolhimento domiciliar no período noturno e nos finais de semana, mediante uso de tornozeleira eletrônica, obrigação de se apresentar à Justiça semanalmente e a proibição de se ausentar do país, com a entrega de seus passaportes.
Pelas redes sociais, tanto a população quanto a classe política comemoraram a liberdade da brasileira: “Dona Dirce está livre! Até que a última patriota seja libertada, estarei sempre ao lado de vocês”, escreveu o senador Magno Malta (PL-ES).