O dólar comercial fechou nesta quarta-feira (5) a R$ 5,30, atingindo o maior patamar desde janeiro de 2023. A cotação elevada é reflexo do descumprimento da meta fiscal do governo Lula (PT) e da consequente perda de credibilidade na economia brasileira. A alta também é influenciada por fatores externos, como a instabilidade no Oriente Médio e movimentações na economia dos Estados Unidos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), atribuiu a maior parte da alta a fatores externos, embora a percepção do mercado sobre a política fiscal brasileira tenha pesado negativamente.
Além da disparada do dólar, a Bolsa de Valores de São Paulo também sofreu impactos negativos. O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o dia com queda de 0,32%, aos 121.407,33 pontos. A volatilidade reflete a incerteza sobre o futuro econômico do Brasil, agravada pela decisão do governo Lula de revisar a meta fiscal estabelecida em 2023. O marco fiscal previa um superávit primário de 0,5% do PIB para 2025, mas o novo plano do governo prevê um resultado “zero a zero”, com possibilidade de déficit de 0,25% do PIB.
No cenário internacional, as expectativas sobre as taxas de juros dos Estados Unidos também pressionam o mercado brasileiro. O Federal Reserve mantém a taxa básica entre 5,25% e 5,50% ao ano desde julho de 2023, o que torna os investimentos em países emergentes menos atrativos. A combinação desses fatores internos e externos resulta em uma semana de alta volatilidade no mercado brasileiro, destacando a fragilidade da atual política econômica do governo.