O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou na última terça-feira (4) uma ordem executiva que restringirá drasticamente os pedidos de asilo na fronteira com o México. Esta medida, considerada uma das mais severas em termos de política migratória, é implementada em meio à campanha para as eleições gerais de novembro.
A ordem executiva permite às autoridades americanas deportar aqueles que não cumprirem padrões rigorosos de asilo quando o número de detenções na fronteira exceder 2.500 por dia, em média, durante sete dias, segundo informaram altos funcionários à imprensa. Com uma média de 4.200 prisões diárias em abril, a ordem entra em vigor imediatamente.
Sob esta nova normativa, os migrantes que chegarem à fronteira depois de ultrapassado o limite de 2.500 detenções deverão demonstrar uma “possibilidade razoável” de estarem em risco de sofrer tortura ou perseguição em seus países de origem para se qualificarem para o asilo. Se não cumprirem este padrão mais rigoroso, serão deportados em questão de “horas” ou “dias”.
A deportação imediata irá variar de acordo com a nacionalidade do migrante. Mexicanos, cubanos, haitianos, nicaraguenses e venezuelanos serão devolvidos diretamente ao México sob acordos existentes com as autoridades mexicanas. Migrantes de outras regiões, como Colômbia ou Equador, serão expulsos em voos de deportação.
A assinatura desta ordem ocorre a seis meses das eleições, nas quais Biden busca ser reeleito para um segundo mandato. Ele enfrentará novamente o ex-presidente Donald Trump, cuja campanha criticou a medida, qualificando-a de “anistia”.