O presidente do Equador, Daniel Noboa, assegurou uma vitória no referendo realizado no domingo, com o apoio majoritário dos cidadãos a nove das 11 perguntas propostas, de acordo com a contagem rápida realizada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Na maioria das perguntas, que abordam principalmente questões de segurança, o ‘Sim’ ultrapassou os 60% em cada uma, segundo a contagem, que tem uma margem de erro de 1% e coincide com uma pesquisa realizada no fechamento das mesas eleitorais.
O referendo ocorre em meio ao conflito armado do presidente Noboa contra as gangues no país.
Dos votantes, 73,05% apoiaram a participação dos militares em apoio à polícia em questões de segurança, e 65,11% apoiaram a extradição de cidadãos equatorianos que cometeram crimes em outros países.
Além disso, 60,49% aceitaram o estabelecimento de judiciários especializados em matéria constitucional.
Já 70,72% apoiaram que as Forças Armadas controlem os acessos às prisões, enquanto 68,23% deram seu aval ao aumento das penas para crimes relacionados ao crime organizado, como terrorismo e seu financiamento, e tráfico de pessoas, entre outros.
Noboa também obteve apoio de 67,69% para que os presos condenados por crimes ligados à criminalidade organizada cumpram a totalidade de suas penas privativas de liberdade, e 64,66% concordaram em tipificar como crime a posse e o porte de armas exclusivas das forças de segurança.
Por fim, 64,80% votaram a favor de que as armas e munições apreendidas por crimes sejam utilizadas por policiais e militares, e 61,97% apoiaram a simplificação dos procedimentos para que os bens de origem ilícita passem a ser propriedade do Estado.