O relator da CPI do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o deputado Ricardo Salles (PL-SP), vai pedir o indiciamento do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias, do líder da Frente Nacional de Luta, José Rainha, e do deputado federal Valmir Assunção (PT-BA).
O documento de 60 páginas classifica o MST como ‘criminoso’ e responsabiliza o governo do presidente Lula pelo aumento das ocupações de terra em 2023. A expectativa é de que o texto seja lido na próxima quinta-feira (21), último dia do colegiado na Câmara dos Deputados.
O relator também alega que Gonçalves Dias mentiu em depoimento ao afirmar que não teve acesso aos relatórios da Agência Brasileira de Inteligência no período em que estava à frente da segurança da Presidência da República: “Para além da falta de verossimilhança das alegações do depoente, face ao fato de ser o ministro chefe do GSI, a quem a Abin estava subordinada, a sua versão acabou sendo desmentida duplamente”.
Ricardo Salles pede ainda o indiciamento do deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), que é membro da CPI e foi citado por ex-integrantes do MST por supostos abusos contra membros do movimento no sul da Bahia. “Informações, relatos e declarações que, unanimemente, apontam o deputado como sendo supostamente o mandante e principal beneficiário de todas as ações criminosas praticadas pelo MST naquele extremo sul do Estado”, diz o texto.
