O Conselho de Ética da Câmara recomendou, por 15 votos a 1, a cassação do mandato do deputado Chiquinho Brazão (sem partido), acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). A defesa do parlamentar deve recorrer da decisão à Comissão de Constituição e Justiça e, depois, o caso vai ao Plenário. Para que o parlamentar seja cassado, são necessários os votos de 257 dos 513 deputados.
O deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ) foi o único voto contrário à cassação. Já o deputado Paulo Magalhães (PSD-BA) se absteve.
“Sou inocente, totalmente inocente nesse caso. A vereadora Marielle era minha amiga, não teria qualquer motivo [para ter mandado matar], porque sempre fomos parceiros. Votamos juntos”, disse Brazão ao se defender das acusações.
Apontados como mandantes do assassinato de Marielle, em março de 2018, os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão foram presos no final de março deste ano, em uma operação da Polícia Federal, com participação da Procuradoria-Geral da República e do Ministério Público do Rio de Janeiro.
O crime também tirou a vida do motorista Anderson Gomes.