Nada parece ser mais importante para os deputados e senadores da nossa República do que gozar de um período de descanso no mês de julho. Prova disso é que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), confirmou a manutenção do recesso parlamentar que já tinha sido anunciado antes pelo presidente do Senado.
“Durante as próximas duas semanas, não haverá sessões deliberativas nem funcionamento das comissões”, disse o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) em nota.
Motta também se manifestou oficialmente: “O recesso parlamentar de julho está confirmado, conforme previamente estabelecido”.
Com a decisão do Congresso, está vetada, por exemplo, qualquer votação ou reuniões em comissões permanentes da Câmara. Mesmo assim, o presidente da Comissão de Segurança Pública, Paulo Bilynskyj (PL-SP), convocou para a próxima terça-feira (22) uma reunião extraordinária para uma moção de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Parlamentares pedem a retomada dos trabalhos para tratar de possíveis reações à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que determinou uma operação da Polícia Federal de busca e apreensão na casa do ex-presidente, além de lhe impor o uso de tornozeleira eletrônica.
Além disso, há um embate entre Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário após a retomada do decreto de reajuste de IOF imposto por Lula, derrubado no Congresso e mantido pelo STF. Mesmo assim, as atividades legislativas serão retomadas apenas na semana do dia 4 de agosto.