Apoiadores de Lula (PT) realizaram neste domingo (21) o maior ato da esquerda em anos, reunindo 42,4 mil pessoas na Avenida Paulista, segundo levantamento da USP. A mobilização teve como foco a rejeição à PEC da Blindagem e ao PL da Anistia, ambos em tramitação no Congresso. Apesar do recorde para o campo progressista, o número ainda é inferior ao de manifestações recentes da direita, como o ato pró-anistia de agosto, que reuniu cerca de 60 mil pessoas no mesmo local.
O evento contou com a presença de artistas e parlamentares alinhados ao petismo, além de apresentações musicais e discursos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em outras capitais, como Belo Horizonte e Brasília, os organizadores estimaram públicos de até 50 mil e 30 mil pessoas, respectivamente, embora sem confirmação oficial. A mobilização ocorre em meio à tramitação de propostas que podem impactar diretamente parlamentares e condenados por envolvimento nos atos de 8 de janeiro.
Além das críticas à PEC e ao PL, os manifestantes exibiram faixas com pautas ideológicas da esquerda, como a taxação dos super-ricos e apoio à Palestina. Em Salvador, houve discursos contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a presença de um boneco inflável de Bolsonaro com mãos ensanguentadas. A predominância de símbolos vermelhos e ausência de bandeiras nacionais contrastou com os atos da direita, que costumam destacar o verde e amarelo como expressão de patriotismo.






