No último final de semana, Maceió sofreu um grave afundamento, registrando uma redução de 10 centímetros em apenas 24 horas, somando-se aos 15 centímetros do dia anterior. Apesar da ausência de abalos sísmicos, a região enfrenta uma ameaça iminente de colapso, com o solo cedendo cerca de 2 metros, a uma média de 0,3 cm por hora.
O coronel Moisés Melo, da Defesa Civil, adverte que uma ruptura pode desencadear um efeito cascata em outras minas, afetando significativamente a cidade. Serviços essenciais como abastecimento de água, energia e gás podem ser prejudicados, impactando toda a capital.
Não sabemos a intensidade, mas é certo que grande parte da cidade irá sentir. E temos outros problemas. Se houver uma ruptura nessa região podemos ter vários serviços afetados, a exemplo do abastecimento de água de parte da cidade e também do fornecimento de energia e de gás”, disse Melo.
A Defesa Civil de Alagoas também anunciou a chegada dos técnicos do Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro para avaliação de riscos na crítica área da mina 18, operada pela Braskem, que se encontra em iminente perigo de colapso. A CNN apurou que a Polícia Federal, diante da urgência da situação, acelerou a conclusão de uma investigação iniciada em 2019. O inquérito, sob sigilo, concentra-se em crimes ambientais e na possível utilização de estudos falsos pela petroquímica.