Apesar de ter retirado tarifas sobre smartphones e outros eletrônicos vindos da China, o governo Trump manteve firme a política de sanções comerciais contra Pequim. As isenções foram aplicadas discretamente e atingem produtos como Iphones e semicondutores, aliviando momentaneamente o impacto para gigantes da tecnologia e consumidores norte-americanos. A principal exportação chinesa para os EUA em valor agora está fora da tarifa de 125%, o que representa uma mudança na postura dos EUA, embora o gesto não tenha sido amplamente divulgado pela Casa Branca.
O Ministério do Comércio da China considerou as isenções um “pequeno passo” e voltou a exigir o cancelamento completo das tarifas impostas. “Instamos os EUA a darem um grande passo para corrigir seus erros”, afirmou a pasta em nota oficial. Atualmente, menos de um quarto das exportações chinesas está isento das tarifas americanas, o que mantém alta a pressão econômica sobre a indústria exportadora da China. Pequim, por sua vez, aumentou as tarifas sobre produtos americanos para até 125%, prometendo “lutar até o fim” caso os EUA insistam em escalar a guerra tarifária.
O alívio anunciado nos EUA parece ter como objetivo conter danos internos, como o aumento do preço do Iphone em até 70%, chegando a US$ 1.850, segundo estimativas. A Apple, inclusive, já havia iniciado um plano de contingência, transportando 1,5 milhão de unidades da Índia para os EUA. Ainda não há sinal de diálogo entre Trump e Xi Jinping, o que evidencia que as concessões não significam, por ora, uma retomada nas negociações.