A Polícia Federal iniciou uma investigação sobre alegadas ameaças de morte direcionadas ao deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), candidato à Prefeitura de São Paulo pela chapa da esquerda. Conforme reportado por Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo desta quarta-feira (28), uma dessas ameaças está supostamente ligada a um membro das forças de segurança pública estadual, ligadas ao governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), ainda que não haja evidências claras para determinar se são ameaças reais ou estratégias políticas para aumentar a visibilidade de Boulos, que agora pode justificar o uso de carros blindados.
As ameaças, descritas pelo advogado de Boulos, Alexandre Pacheco Martins, têm aumentado em quantidade e severidade desde que o político se tornou candidato à prefeitura, sendo atribuídas principalmente a indivíduos identificados como bolsonaristas. Há uma tentativa de associar essas supostas ameaças ao Secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL), conhecido por sua postura firme contra o crime.
Diante desse cenário, Boulos, que tem Marta Suplicy (PT) como vice em sua chapa, optou por reforçar sua segurança, abandonando seu característico “Celtinha”, usado para se apresentar como um cidadão de baixa renda, em favor de um carro blindado durante a pré-campanha eleitoral. A tentativa de vincular as supostas ameaças a Derrite, descrito como “conhecido opositor do campo político do peticionário e do próprio Guilherme”, segundo a defesa do deputado federal, levou à representação diretamente à Polícia Federal, evitando a SSP-SP.