Em resposta à investigação em curso sobre alegadas irregularidades no patrimônio do ex-presidente e sua esposa Michelle, a defesa jurídica de Bolsonaro apresentou de forma voluntária os extratos bancários correspondentes aos quatro anos de seu mandato na Presidência. A ação busca evitar a utilização de recursos públicos para a obtenção desses registros financeiros. Os documentos entregues incluem detalhes como vendas de veículos e gastos médicos. Além disso, a defesa solicitou que os documentos apresentados sejam tratados com sigilo.
Em 17 de agosto, o ministro Alexandre de Moraes, no contexto de uma investigação que apura o possível recebimento de presentes da Arábia Saudita destinados ao patrimônio da União, determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro. Na petição apresentada ao Supremo Tribunal Federal, os advogados de Bolsonaro enfatizam o compromisso dele com os princípios constitucionais de legalidade, imparcialidade, moralidade e publicidade na gestão pública.
A quebra do sigilo bancário têm como objetivo apurar delitos como peculato e lavagem de dinheiro, como foi reportado pelo 011 previamente. Com a quebra dos sigilos fiscal e bancário de outros indivíduos potencialmente envolvidos, a investigação seguirá seu curso. As joias em questão foram “recompradas” por pessoas associadas a Bolsonaro logo após o Tribunal de Contas da União (TCU) determinar que os itens fossem mantidos sob custódia do Estado.