O mercado financeiro aumentou novamente a projeção da inflação para este ano, agora em 5%, segundo o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (13). Esse índice, medido pelo IPCA, já havia subido na semana anterior, de 4,99%, indicando dificuldades crescentes para conter o avanço de preços. Economistas destacam que a taxa oficial de inflação continua acima do teto da meta estabelecida para 2024, cujo limite era de 4,5%.
A manutenção da política monetária rígida parece inevitável, dado o cenário econômico complicado. Em reação ao cenário, o Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou a possibilidade de novos aumentos na taxa Selic, atualmente em 12,25%, para segurar a inflação futura. Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, justificou o descontrole em uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), mencionando “atividade econômica forte e adversidades climáticas.”
Para os próximos anos, o cenário também preocupa: em 2026, a projeção de inflação subiu para 4,05%. Já o dólar, cuja cotação influencia diretamente os custos de produção, é previsto em R$ 6 reais para 2025. O ambiente econômico desfavorável reforça críticas à condução fiscal do Governo Federal, com analistas do mercado apontando o pacote de gastos como fator agravante para a alta inflacionária e instabilidade cambial.