O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), afirmou nesta quarta-feira (3) que o requerimento de urgência para a proposta de anistia pode ser votado já na próxima semana. A medida, que busca conceder anistia a acusados de participar nos atos de 8 de janeiro, tem ganhado força entre parlamentares que defendem a pacificação nacional e o respeito ao devido processo legal. A articulação ocorre em meio ao julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), e pode representar um avanço na reconstrução institucional do país.
A proposta de anistia é vista por setores da oposição como um passo necessário para restaurar o equilíbrio entre os Poderes e evitar perseguições políticas. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), está em Brasília articulando apoio à medida, que precisa de 257 votos para aprovação da urgência. Lindbergh reconheceu o movimento e demonstrou preocupação com a possibilidade de a pauta avançar, revelando o desconforto da esquerda diante da mobilização crescente em torno da proposta.
Além de beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a anistia pode alcançar militares e outros cidadãos que participaram dos protestos, desde que não tenham cometido crimes graves. A proposta também tem sido associada à PEC da Blindagem, que busca limitar interferências do STF sobre o Legislativo. Para seus defensores, trata-se de uma resposta legítima às tensões institucionais e uma forma de garantir que o Congresso exerça plenamente suas prerrogativas constitucionais.







