Na terça-feira (22), o Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex) aprovou o aumento do imposto de importação de 11 tipos de produtos de aço. A alíquota, que antes variava de 9% a 12,6%, passou a ser de 25%. A medida, temporária e com duração de 12 meses, foi justificada pelo crescimento da entrada de produtos estrangeiros no Brasil.
A decisão do governo Lula (PT), teve como base a pressão das siderúrgicas nacionais, que alegam ser prejudicadas pelo aumento das importações de produtos de aço. Contudo, o governo não alterou a alíquota de itens essenciais, como os que compõem a cesta básica alimentar, como destacado pelo vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB): “Nossa análise é que nós vamos ficar dentro dessa cota, sem nenhuma alteração”.
Essa medida gera um embate entre as siderúrgicas e as empresas consumidoras de aço, que argumentam que o aumento das tarifas pode ter impactos negativos, especialmente no setor de produção e nos preços para os consumidores finais. Essa disputa evidencia a complexidade das políticas comerciais em um contexto de pressões econômicas e necessidades de proteção da indústria nacional.