Filha de María Corina recebe Nobel da Paz no lugar da mãe, impedida pela ditadura

Redação 011
3 Min
Filha de María Corina recebe Nobel da Paz no lugar da mãe, impedida pela ditadura
foto: José Cruz/ Agência Brasil

A cerimônia de entrega do Prêmio Nobel da Paz, realizada nesta quarta-feira (10) em Oslo, capital da Noruega, é marcada pela ausência da laureada María Corina Machado. Líder da oposição ao ditador Nicolás Maduro, a venezuelana foi impedida pelo próprio regime de deixar seu país legalmente.

A ausência de María Corina é o reflexo mais nítido do estado de opressão na Venezuela. Desde agosto de 2024, ela vive na clandestinidade, forçada a se esconder após o regime intensificar as ordens de prisão contra membros de seu movimento político.

A líder opositora havia sido clara: só deixaria a Venezuela se houvesse garantias mínimas de liberdade, uma condição que o regime de Maduro, conhecido por sua repressão implacável, obviamente se recusou a cumprir.

Para receber a honraria em nome da mãe, Ana Corina Sosa, filha de María Corina Machado, acolhe a premiação. O momento é de grande simbolismo internacional, servindo como denúncia global do cerceamento de direitos na nação sul-americana.

Corina Sosa falou sobre a luta contra a ditadura de Nicolás Maduro e denunciou uma “corrupção obcena” que levou a nação ao caos. “O dinheiro do petróleo se tornou ferramenta para comprar lealdade fora e dentro do país, criminosos e grupos terroristas internacionais acabaram se juntando ao Estado”.

A filha de Maria Corina Machado evidenciou, ainda, as mazelas do socialismo que levaram o país à ruína. “Algo mais profundo e mais corrosivo aconteceu. Foi um método deliberado para dividir a sociedade pela ideologia, pela raça, pela origem, pelos modos de vida. Levando os venezuelanos a desconfiarem uns dos outros, a silenciarem uns aos outros, a verem inimigos uns nos outros. Disse Corina Sosa.

O Nobel da Paz concedido a María Corina Machado é um reconhecimento internacional de seu “incansável trabalho na promoção dos direitos democráticos do povo venezuelano e sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.

O Comitê Norueguês destaca a “coragem civil” de Machado, que se tornou uma figura-chave e unificadora em uma oposição que já esteve profundamente dividida. Ela é vista como a personificação da esperança em um futuro onde a voz dos cidadãos seja ouvida e os direitos fundamentais sejam protegidos.

A presença do presidente eleito da Venezuela, Edmundo González Urrutia, que representa a vitória eleitoral da oposição na conturbada eleição recente, reforça o clima de pressão internacional contra o regime ditatorial que insiste em se manter no poder.

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