O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou na quinta-feira (20), durante a abertura do Salão Internacional do Automóvel em São Paulo, que a inflação média acumulada nos quatro anos do atual mandato de Lula será a menor da história do país. Haddad afirmou que “já é possível dizer que, nos quatro anos de Lula, vamos ter a menor inflação acumulada da história do Brasil”, destacando também o índice de desemprego em patamar reduzido segundo dados do IBGE. A fala reforça a tentativa do Governo Federal de apresentar resultados econômicos positivos em meio às críticas sobre a condução da política fiscal e monetária.
No discurso, Haddad exaltou medidas como a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, aprovada com unanimidade no Congresso, mesmo com o “perfil mais conservador” dos parlamentares. O ministro também citou a reforma tributária, que prevê isenção de custos sobre proteínas animais na cesta básica, e afirmou que o índice de Gini aponta para o “menor nível de desigualdade da história”. Ao mesmo tempo, aproveitou para atacar a oposição, acusando-a de “destruir instituições e o Orçamento” nos últimos anos, em referência ao período anterior ao governo Lula.
Apesar das promessas, Haddad não mencionou a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar a tarifa adicional de 40% sobre produtos agrícolas brasileiros, como café e carne bovina, medida que beneficia diretamente o setor exportador nacional. O decreto prevê reembolso das tarifas cobradas desde 13 de novembro, após negociações com o Governo Federal. Enquanto isso, o Banco Central divulgou na pesquisa Focus que a expectativa de inflação para 2025 foi ajustada para 4,4%, com projeções de queda gradual até 2028, e crescimento do PIB estimado em 2,16% neste ano e 1,78% no próximo.










