O governo dos Estados Unidos anunciou a revogação parcial das sanções impostas ao governo venezuelano, em resposta à confirmação da inabilitação política de María Corina Machado pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) chavista.
O Departamento do Tesouro dos EUA estabeleceu um prazo até 13 de fevereiro para que as empresas que negociam com a mineradora estatal venezuelana Minerven encerrem suas operações. Esta decisão surge após meses de negociações entre o governo de Nicolás Maduro e um grupo da oposição apoiado pelos EUA, visando equilibrar as condições antes das eleições presidenciais previstas para este ano.
A administração Biden consolidou vários acordos com o governo Maduro no final de 2023. O primeiro deles envolveu o retorno dos voos dos Estados Unidos para Caracas com cidadãos venezuelanos que são deportados da América do Norte. Além disso, permitiram a volta da participação de empresas norte-americanas em certos setores da economia venezuelana.
A administração Biden também deu um prazo até abril para que Maduro habilite Machado politicamente. Caso contrário, as sanções ao petróleo e ao ouro venezuelanos, anteriormente suspensas, serão restabelecidas.
“Estamos avaliando várias opções à nossa disposição. Não vou entrar em detalhes agora, mas certamente temos opções em relação a sanções e outras medidas que podemos tomar”, afirmou John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.
Antes mesmo do anúncio, o chavismo havia alertado sobre medidas “recíprocas” e uma resposta “severa” à decisão dos EUA.
Todavia, uma medida em específico não tem retrocesso. No final de dezembro, o regime chavista libertou dez americanos presos em Caracas, mas envolveu a libertação pelos Estados Unidos de Alex Saab, um empresário colombiano que foi preso por lavagem de dinheiro e é apontado como testa de ferro de Maduro.