Após revelar um rombo de R$ 32 bilhões nas contas públicas, como já destacou o 011 News, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está diante de um impasse sobre a desoneração. Em mais uma tentativa de desatar esse nó, criando por ele mesmo, o ministro se reuniu com Lula nesta quarta-feira (17). O próximo passo será um encontro com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
O ministro ‘impopular’ esclareceu que a desoneração da folha de pagamento de 17 setores, mantida pelo Congresso após a derrubada do veto presidencial, gerou um impacto significativo nos cofres públicos. Mas o Congresso não recebeu bem a Medida Provisória proposta pela equipe econômica e deu uma série de indícios de que deve rejeitá-la.
No contexto da MP, que propõe a reoneração gradual da folha de pagamento, Haddad ressaltou que o diálogo com Lula é essencial para debater as considerações feitas pela maioria dos parlamentares sobre o tema. O ministro tentou enfatizar que não há ‘tensão’ entre os Poderes, mas os fatos comprovam o contrário. Além da repercussão negativa tanto na Câmara quando no Senado, uma possível retomada da taxação sobre compras internacionais, até US$ 50, vai pegar mal novamente perante a população que não aguenta mais tantos impostos.
“Devo conversar com presidente Lira, do qual dependem algumas decisões, formais e de mérito”, disse o ministro – que parece estar um tanto quanto ‘sem saída’ para lidar com a ‘torneira aberta’ dos gastos públicos do Governo Federal.