A Arábia Saudita anunciou oficialmente sua adesão ao grupo BRICS+, conforme anunciado na televisão estatal.
A decisão segue meses de negociações, com o príncipe Faisal bin Farhan, Ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, destacando a importância de avaliar todos os detalhes antes de uma decisão formal, conforme declarado em agosto.
Originalmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o grupo BRICS expandiu-se em 1º de janeiro, dando as boas-vindas à Arábia Saudita, juntamente com Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos. No entanto, a Argentina, que manifestou interesse em ingressar, reverteu sua decisão após a eleição do presidente Javier Milei no final do ano passado.
O grupo BRICS, conhecido por fomentar a integração econômica, agora busca uma expansão adicional, com a Venezuela buscando garantir a adesão permanente durante a próxima cúpula na Rússia, apesar da reunião ter sido adiada recentemente.
Atualmente sob a presidência rotativa de um ano da Rússia, o presidente Vladimir Putin prometeu facilitar a integração diligente de novos parceiros. Aproximadamente 30 nações adicionais manifestaram a intenção de participar das atividades do grupo, de acordo com o presidente Putin.
O presidente venezuelano Nicolás Maduro, enfatizando o poder econômico do BRICS expandido, declarou numa entrevista à edição em espanhol do Le Monde Diplomatique que o grupo representa “o futuro da humanidade”. Dados do FMI indicam que o BRICS ampliado, em termos de PIB em paridade de poder de compra, agora supera o G7, composto por nações ocidentais líderes, constituindo 36% do total mundial.
Sobre a reversão da Argentina, Maduro criticou o Javier Milei, por retirar os planos de adesão ao BRICS+, descrevendo a decisão como uma das “coisas mais desajeitadas” que Milei fez ao seu país. Maduro acusou Milei de regredir a Argentina ao século XIX, alinhando-a com o “mundo imperial unipolar” (se referindo a ocidente) e transformando-a em capacho dessas nações.