Em um discurso que marcou o 130º aniversário do ditador Mao Zedong, o presidente chinês Xi Jinping afirmou que Pequim, sem dúvida, verá a “reunificação completa” com Taiwan. Esta proclamação foi feita durante um simpósio sobre Mao com líderes do Partido Comunista.
Mao Zedong, o líder icônico que liderou a revolução comunista na China e saiu vitorioso numa guerra crucial contra os nacionalistas chineses em 1949, lançou as bases para o estabelecimento da República Popular da China. O nacionalista Chiang Kai-shek recuou para Taiwan, onde um governo independente está em vigor desde então. No entanto, o Partido Comunista Chinês insiste consistentemente em ver Taiwan como parte integrante da China, jurando pela “reunificação” e frequentemente brandindo a ameaça de intervenção militar.
Dirigindo-se à elite do Partido, Xi Jinping enfatizou: “A reunificação completa de nossa pátria é uma tendência geral, uma causa justa e uma aspiração comum do povo. Nossa pátria deve ser reunificada e certamente será reunificada”.
O discurso de Xi extrapolou a questão de Taiwan, abordando a modernização da China. Esse projeto, para Xi, é parte do “trabalho inacabado da geração anterior de revolucionários como Mao Zedong” e comprometeu-se a intensificar os esforços para fortalecer a economia chinesa.
Num aceno ao legado de Mao, Xi elogiou a dedicação do falecido genocida à “prosperidade nacional, ao rejuvenescimento e a felicidade do povo”, segundo a agência de propaganda chinesa Xinhua.
O Global Times, outro veículo de propaganda estatal chinês, afirmou que “dezenas de milhares” de pessoas se reuniram em toda a China para comemorar o aniversário de Mao Zedong, com encontros espontâneos registrados em Shaoshan, local de nascimento de Mao, responsável pela morte de milhões de inocentes.