O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), alertou nesta segunda-feira (26), para o risco que representaria a eleição de um prefeito com possíveis vínculos com o crime organizado, em uma referência indireta ao candidato Pablo Marçal (PRTB). Em coletiva no Palácio dos Bandeirantes, Tarcísio afirmou que “seria um desastre” colocar no comando da maior cidade do país alguém ligado ao crime, reforçando a importância de manter o combate firme às facções criminosas.
A declaração de Tarcísio foi feita em meio a investigações da Polícia Civil que apontam ligações entre articuladores do PRTB e o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores facções criminosas do país. A polêmica se intensificou quando a deputada federal e candidata à Prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral (PSB-SP), acusou Marçal de ter conexões diretas com o PCC, em um vídeo divulgado em suas redes sociais, onde afirmou: “P de Pablo, C de coach, C de criminoso”.
O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), também se manifestou sobre as acusações. Em evento realizado pelo Secovi, Nunes reforçou que as denúncias são sérias e que a relação entre Marçal e o crime organizado deve ser exposta pela imprensa. “Não existe ataque, o que existe é colocar situações. Quando alguém mostra que o partido dele está envolvido até o pescoço, até o nariz com o PCC, não é ataque, é a imprensa que está relatando”, declarou Nunes, que conta com o apoio de Tarcísio e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em sua campanha.