Mais do que “blusinhas”, com o aumento de impostos em compras internacionais através de aplicativos de compras, nossas queridas bugigangas tecnológicas importadas se tornarão artigos de luxo inalcançáveis para a maioria dos brasileiros, deixando-nos à mercê de preços exorbitantes e opções limitadas dentro do país. Este é o resultado da mais nova taxação lançada sob o governo Lula. Boa parte dos produtos tecnológicos vem da China, sem opção de compra em fábricas brasileiras, ou seja, os produtos continuarão sendo importados, taxados para o varejista e consumidor.
O Senado do Brasil, em um gesto simbólico, manobrou para que a aprovação passasse sem deixar rastros no painel eletrônico, poupando os senadores de qualquer exposição em ano de eleição municipal. Num acordo entre base e oposição, aprovou a taxação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50.
Essa medida, que afeta diretamente sites estrangeiros populares como Shopee, Shein e AliExpress, foi embutida em um projeto maior, o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover). O objetivo declarado é reduzir as emissões de carbono da indústria automobilística até 2030. Na prática, essa taxação revela muito mais sobre um verdadeiro incêndio nas contas do governo Lula do que sobre qualquer preocupação ambiental.
O projeto alterado agora retorna à Câmara para nova deliberação e, se aprovado, seguirá para sanção ou veto do presidente Lula.
A justificativa oficial para a taxação é a proteção da indústria nacional. No entanto, a realidade é que os grandes varejistas brasileiros importam desenfreadamente da China. Isso desmonta o mito de que a taxação protegeria a indústria local. Na verdade, a medida prejudica os consumidores mais pobres, que dependem dessas plataformas internacionais para comprar produtos mais acessíveis.
O verdadeiro objetivo do governo é claro: arrecadar o máximo possível. Em um cenário onde o governo gasta como se não houvesse amanhã, a taxação de blusinhas e bugigangas de baixo valor dos mais pobres é apenas mais uma forma de arrancar dinheiro daqueles que têm menos.
Os consumidores brasileiros, especialmente os de menor poder aquisitivo, serão os mais afetados. Eles, que buscam melhores preços em sites internacionais, agora enfrentarão um encarecimento significativo de suas compras. Com essa taxação, o dinheiro que poderia ser usado para outros fins será drenado pelo governo. E o que dizer das promessas eleitorais? A famosa “picanha” prometida, símbolo de melhoria de vida, parece cada vez mais distante para muitos brasileiros.
A medida é um golpe duro para a população mais carente e uma demonstração clara de como o governo prioriza a arrecadação acima do bem-estar dos cidadãos. Enquanto se fala em proteção à indústria nacional e sustentabilidade, o que se vê é um movimento desenfreado para garantir mais receita para um governo que gasta sem controle. A Câmara dos Deputados terá, em breve, a oportunidade de revisar essa decisão. Se aprovada, resta esperar a sanção ou veto presidencial para ver se haverá alguma consideração pelo impacto real dessa medida na vida dos brasileiros.