O governo federal publicou uma medida provisória que reajusta os salários do funcionalismo público federal, oficializada no Diário Oficial da União em 31 de outubro de 2024. O aumento, que impactará as contas públicas em R$ 17,9 bilhões em 2025, inclui cargos de alto escalão como secretários-executivos e diretores de agências reguladoras, que passarão a receber até R$ 30 mil por mês, um aumento de 60% em relação aos valores anteriores. A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, destacou que o reajuste “integra acordos negociados ao longo de 2023” e não deve gerar impacto adicional ao orçamento, utilizando cargos vagos para a criação de novas posições.
Enquanto isso, o salário mínimo de 2025 foi fixado em R$ 1.518, com aumento de R$ 106, um reajuste de 7,34%. Apesar do ganho real acima da inflação, o valor será R$ 10 menor do que seria pela regra anterior, devido às novas normas que limitam o impacto financeiro nas contas públicas. Essa mudança faz parte do pacote de cortes sancionado na última semana, que pretende economizar cerca de R$ 15 bilhões nos próximos dois anos. A nova regra vincula o reajuste ao INPC e a um PIB limitado a 2,5%.
Além dos aumentos, o governo criou duas novas carreiras no funcionalismo público, somando 1.500 novos cargos com salários entre R$ 9.711 e R$ 21.070. Essa medida amplia os quadros em áreas de justiça, defesa e desenvolvimento socioeconômico. O impacto do reajuste também inclui R$ 16,2 bilhões no resultado primário das contas públicas, indicando que, enquanto o salário mínimo enfrenta cortes de regras antigas, os servidores do alto escalão garantem aumentos substanciais.