A oposição na Câmara dos Deputados quer colocar o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) como figura central na cobrança de explicações do ministro Fernando Haddad (PT) sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A medida, anunciada e parcialmente revogada no mesmo dia após forte reação negativa do mercado, acendeu o alerta entre parlamentares contrários ao governo Lula (PT). O requerimento de convocação de Haddad foi protocolado pelo deputado Luciano Zucco (PL-RS), que classificou a ação como uma “barbeiragem”.
Paralelamente à convocação, Zucco tenta acelerar a tramitação de um projeto que derruba integralmente as mudanças propostas no decreto do Executivo. O nome de Nikolas Ferreira é o mais cotado para relatar o projeto na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC), estratégia vista como forma de mobilizar apoio popular e aumentar a pressão sobre o governo. “Não aceitaremos migalhas. O recuo tem que ser total”, declarou Zucco, reiterando a insatisfação da oposição com as medidas econômicas adotadas.
No Senado, o líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), apresentou proposta semelhante à da Câmara, criticando a condução do governo. Para Marinho, o episódio expôs a falta de preparo técnico e de articulação institucional do Executivo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentou justificar o recuo dizendo que as mudanças no IOF tinham o aval do presidente Lula, mas se irritou com o vazamento das informações. “Aqui não vaza nada, pode ter certeza”, afirmou durante coletiva.












