O Partido dos Trabalhadores (PT) lançou uma campanha digital para apoiar a primeira-dama Janja Lula da Silva e reforçar a defesa do controle das redes sociais nos moldes adotados pela China. Com o slogan “Estou com Janja”, a ação foi divulgada nas redes X (antigo Twitter) e Instagram, mas teve fraco engajamento. A iniciativa tenta conter os danos provocados por uma declaração da primeira-dama durante conversa com o ditador chinês Xi Jinping, quando ela criticou o algoritmo do TikTok por, segundo ela, favorecer conteúdos da direita.
Em meio à repercussão negativa, Janja afirmou à Folha de S.Paulo que “não é um biscuit de porcelana” e acusou a imprensa de amplificar a misoginia. Lula (PT), por sua vez, saiu em defesa da esposa e voltou a defender a regulação das redes sociais, em evento no Mato Grosso, afirmando: “É preciso que a gente discuta com o Congresso Nacional a responsabilidade de regular o uso das empresas (de mídias sociais)”. As falas ocorrem após o líder chinês ter sinalizado apoio à regulação brasileira, em resposta ao comentário feito por Janja na visita oficial à China.
A oposição criticou duramente a movimentação do governo. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) alertou que, se Janja “acredita que censura e prisão são adequadas em uma democracia, é de se imaginar qual seria a opinião de Lula”. Já o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou que o debate é difícil porque “os brasileiros não querem viver em uma ditadura”.
