O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, participou por cerca de 4 horas de uma audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara. A maioria dos questionamentos foi em relação à fuga de dois detentos do presídio de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte – isso ocorreu em 14 de fevereiro.
Os fugitivos foram recapturados somente 50 dias depois. O ministro admitiu que o presídio de Mossoró tinha projeto ultrapassado, padrões de segurança pouco rigorosos e fadiga de material. Também apontou relaxamento e quebra dos protocolos de segurança e falha nas revistas diárias.
Segundo Lewandowski, a fuga deixou lições e não se repetirá: “Fui surpreendido com essa fuga, que foi absolutamente excepcional e inusitada. Garanto: foi a única e será a última. Nós temos hoje quatro funcionários afastados e dez processos administrativos disciplinares abertos. Havia, na época, 29 policiais de plantão, que foram substituídos. E nós aumentamos o quantitativo de policiais penais, que hoje montam a 276 servidores”, disse.
Inquéritos policiais investigam o apoio externo que os fugitivos receberam durante a fuga. O Governo Federal gastou R$ 6 milhões para conseguir encontrar os fugitivos.