Márcio França (PSB), atual ministro do Empreendedorismo, tem intensificado os movimentos para viabilizar sua candidatura ao governo de São Paulo em 2026, mirando diretamente na cadeira hoje ocupada por Tarcísio de Freitas (Republicanos). Neste sábado (26), o congresso estadual do PSB funcionará como palanque antecipado para França, que articula alianças dentro da esquerda em um cenário de baixa competitividade interna. O plano do ministro, segundo aliados, é ser o nome de consenso no campo lulista, com apoio direto de Lula e do PT, para tentar impedir a reeleição do governador paulista.
Embora as pesquisas apontem Tarcísio como favorito absoluto para permanecer no Palácio dos Bandeirantes, França aposta em duas possibilidades: enfrentar o atual governador ou algum sucessor escolhido caso Tarcísio concorra à Presidência. Em entrevista recente à CNN, o ministro afirmou não ter receio da disputa: “Acho que ele pode ter seus méritos, mas ele representa um tipo de pensamento, e eu represento outro”. França também colocou em dúvida a permanência do governador no estado: “Não tenho certeza que ele ficará em São Paulo”.
O PSB paulista será reorganizado para fortalecer o grupo de França, com seu filho, o deputado Caio França, assumindo a presidência estadual da sigla. Outros nomes jovens, como a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), também terão papel estratégico na construção da candidatura. Campos, inclusive, já declarou: “Márcio conta com a confiança da direção nacional, ele sabe disso”. Apesar das movimentações, França ainda enfrenta o problema de superar a aprovação da gestão Tarcísio, que conta com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).