Lula da Silva (PT) voltou a polemizar nesta terça-feira (3) ao classificar o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como praticante de “atos terroristas” e “antipatrióticos”, após denúncias do parlamentar contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. A declaração foi feita em defesa do magistrado, que é considerado uma autoridade que abusa do poder por parte do governo dos Estados Unidos. Lula acusou Eduardo de tentar envolver potências estrangeiras em assuntos internos do Brasil: “Está lá a convocar os Estados Unidos a se meter na política interna do Brasil”, afirmou.
Licenciado do mandato, Eduardo Bolsonaro encontra-se nos Estados Unidos articulando apoio internacional contra decisões do STF, da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República. Lula sugeriu que o deputado estaria se aliando a figuras próximas ao presidente Donald Trump para prejudicar instituições brasileiras. “O cidadão, que é deputado, pede licença do seu mandato para ir tentar, ficar lambendo as botas do Trump e de assessor do Trump”, disse o petista.
Eduardo Bolsonaro é visto como possível candidato à Presidência da República em 2026, caso seu pai, Jair Bolsonaro (PL), permaneça inelegível. Nesse cenário, a polarização política deve se intensificar, com Eduardo ocupando espaço estratégico como porta-voz da oposição e fora do alcance das mesmas instituições brasileiras que tem perseguido sua família por motivos ideológicos e políticos.
